domingo, 14 de agosto de 2011

o fim justifica a MERDA.


só vejo MERDA por aí. MERDA nos olhos cansados dos velhos esquecidos por uma sociedade de MERDA que não sabe o valor de MERDA nenhuma. MERDA eu vejo saindo das bocas dos pais e mães que criam seus filhos para se tornarem as verdadeiras MERDAS do futuro. um futuro onde só a MERDA e seu fedor intestinal reinarão. vejo MERDA nos modos coloridos da juventude sem ídolos, sem inspiração, sem criatividade, sem música, sem livros, sem contato com MERDA nenhuma, sem nem MERDA para cagar de seus cús sagrados por seus deuses virtuais. vejo a MERDA nas telas dos cinemas lotados com seus robôs de MERDA indo e vindo de suas vidas de MERDA, assistindo filmes que contam historinhas furadas de MERDA, por diretores bitolados de MERDA. na televisão a MERDA virou a norma, e o fedor invade nossos olhos, entra em nossos cérebros e instala toda essa MERDA pré-programada em cérebros que não passam de privadas humanas. “da MERDA vim, pra MERDA retornarei” (MERDA 1:17). as artes, pelo que vejo, também não passam mais de MERDA. na música, as bandas estão atoladas até o joelho em um barro grosso de MERDA. nada de novo, nada de talento, nada que irá durar mais do que os 15 minutos de MERDA que eles irão produzir para satisfazer os ouvidos entupidos de MERDA de seus fãs devoradores de MERDA. a literatura também já vendeu sua bundinha e a nova escrita “fast food” continua com seus vampiros, lobisomens, detetives, magos, mulheres com tatuagens de dragões e qualquer outra MERDA que possam inventar para satisfazer seu público de calças coloridas que ‘’curte’’ robert zimmerman, ou luciano hulk, ou amy whinehouse, ou jesus christo, ou pitty, com os mesmos olhos cheios de MERDA. o mundo com sua MERDA irá continuar e talvez o que eu esteja dizendo aqui não passe de uma grande MERDA. observando de perto os modos dos homens, vejo que sem a verdadeira gasolina (via MERDA) não chegaremos ao nosso tão desejado nirvana. do ser humano não posso esperar mais nada. não tem esperança, não tem futuro, não tem um plano maior nem MERDA nenhuma para nos orgulharmos. se estamos nesse estado deplorável de MERDA foi pelos nossos próprios meios, com nossas mãos borradas de MERDA. com todas as infinitas opções dadas aos animais racionais que abençoam esse planetinha que fede a MERDA, as que escolhemos como sociedade sempre parecem ser as piores. de MERDA em MERDA vamos nos aproximando de um fim que não terá festinhas em apartamentos, cervejinhas em butecos, filminhos em 3D, refrigerantes zero, ipods, redes “anti”-sociais, camisetas cult, pós-graduações ou quaisquer que sejam as outras MERDAS que somos obrigados a digerir nesse banquete de MERDA , servido em forma de vida. na MERDA eu já tô, pra MERDA pretendo voltar e pra essa MERDA toda estou cagando e andando.

art: still life #30 / tom wesselmann (1963)

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