terça-feira, 14 de dezembro de 2010

viadagem de MERDA


cada dia que passa pareço estar mais longe do que é considerado ''normal'' ou ''moderno'' ou ''cult''. acho que como a MERDA, eu já vivi tempo demais. a MERDA ainda tem sua vantagem, ela vive para sempre e sempre se adapta independente das MERDAS que acontecem por ai. e morando na grandiosa MERDA que é a capital mineira sinto que os tempos estão mudando. e como o ser humano é um ser inteligente e evoluído ele não sabe discernir se a MERDA é boa ou se é ruim, ele apenas aceita tudo que é dito na sua televisão, no seu jornal, na sua escola, na sua universidade e nos outros lugares onde a MERDA é entregue como verdades indiscutíveis. no domingo passado, estive em um evento típico de nossa capital. em um espaço mal planejado, sujo, desconfortável e tumultuado rolaram alguns shows de ''artistas'' que talvez já devessem estar mortos. o grande evento ''cultural'' da capital mineira deixou claro que a cultura de MERDA tem tudo para seguir por ai ditando MERDA aos MERDAS. o aniversario de 113 anos da cidade foi marcado com o que a cidade tem de melhor: filas absurdas na entrada e para comprar cerveja, estacionamento irregular por toda região, a MERDA da cerveja tava quente, segurança quase zero, e viadagens muitas viadagens. gostaria de deixar aqui bem claro os meus sentimentos sobre toda essa viadagem modista que ta rolando aqui em nossa ''roça iluminada''. não sei o que anda acontecendo com a MERDA do mundo. parece que de repente, junto com a internet, a bolsa família, a fome zero, tv a cabo entre outros avanços tecnológicos, cujo o brasileiro não estava e nem está preparado para receber, surgiu a ''viadagem''. a viadagem que vem dominando as noites belorizontinas. alguém esqueceu de falar com essas bichas de MERDA que o que acontece no big brother não é verdade, alguém esqueceu de falar pra esses MERDAS que a internet não é a vida real e que não estamos em são francisco ou nova iorque ou pelotas há 50 anos atrás. não estou aqui pra falar da MERDA da preferência sexual, estou aqui falando dessa viadagem de MERDA que parece ser o modismo da hora. para todos os lados que olhamos estamos sendo bombardeados com viadagens infinitas. até no futebol a viadagem chegou, tem time usando camisas rosa e jogadores fazendo chapinhas e extensões no cabelo. em algum lugar falaram para algum MERDA formador de opinião, que ser sensível, retardado e cheio de viadagems é o novo jeito de ser. parece que essa nova geração tem menos MERDA na cabeça. para nos MERDAS que não estamos nem fudendo pra porra nenhuma, o mundo está ficando um lugar complicado de viver. de repente ser um homem via tosco/ignorante/puto/louco/bêbado/sujo/tarado/mal educado/punk parou de ser aceitável. milhares de anos da tradição e da luta do homem estão sendo substituídos por montes de MERDA ou ‘’viadagens’’ do mundo moderno via bruno mazzeo/programas de culinária/aparelho de dentes/limpeza de pele/marcelo tas/reality shows/universidades federais/meio ambiente entre outras viadagens que andam formando as cabeças da nossa juventude, cabeças que deveriam estar sendo preenchidas com MERDA. e a MERDA talvez seja o único recurso para frear essa viadagem. quando era mais jovem meus heróis eram rocky balboa, duke nukem, bradoc, lemmy kilmister, tv pirata e outros que mostravam que ter minhas próprias atitudes, tomar cerveja, não preocupar muito com a higiene pessoal e fazer qualquer MERDA que der na cabeça era o modelo a ser seguido, e que seguindo esse modelo, você chegaria ao final de seus anos com sabedoria, um acervo de piadas escrotas e hilárias, uma barriga de chopp, colesterol alto, alta tolerância a álcool e MERDAS infinitas para falar, para sempre. esse novo modelo de sociedade que surge pelos cantos se perde na falta de seus heróis de seus mitos. o mito de MERDA que substituirá aquiles por ney latorraca, metallica por restart, pessoas pela internet e MERDA claro, por MERDA! (MERDA 1:01)

art: courtyard with lunatics, francisco goya e lucientes (1794)

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